Olha só, não sei se essa é palavra certa, não sei também se a construção do termo está; não preciso saber. Ou até preciso.
Conheço minha amiga Stela desde antes de ela começar a gostar de desenho japonês. Ela gosta tanto de mangás quanto de animes (ou animês, como ela mesma afirma que é o jeito certo de se falar) e, desde que ela entrou nesse mundo, não saiu mais. Pinta cabelos, faz roupas, fantasia-se, ganha concursos, ganha mp4s, dinheiro, refrigerantes Astral. Depois de um tempo, ela começou a ficar famosa nesse ramo. E também ainda não parou de fazer sucesso.
Nos intervalos das aulas, via gente de outras salas e via uma menina que eu achava o corte de cabelo dela uma gracinha. Tempo depois (em escala de meses), vi no banheiro um caderno personalizado de imagens de personagens desses desenhos japoneses. Perguntei de quem era. Era da menina fofinha. Era da Yasmin. Falei que uma amiga minha curtia. Ela perguntou quem era.
Yasmin conhecia Stela.
Yasmin ao longo do ano tornou-se a menina com quem eu mais conversava no colégio. Comíamos juntas, andávamos juntas, saíamos juntas. Foi numa dessas saídas que conheci Alice.
Meu primeiro contato com Alice foi ao telefone. Nós duas gostávamos de Ashley Tisdale, e Yasmin colocou-a no telefone pra falarmos sobre ela. Durou pouco tempo. Falar com desconhecidos não é fácil.
Fomos eu, Yasmin e Alice ver Star Wars no cinema. Conheci Alice. Gostava mesmo da Ashley, era mesmo meio maluca e, como Yasmin e como Stela, também curtia animes e mangás.
Yasmin conhecia Stela que conhecia Alice.
No mundo dos Otakus e das Otomes, todos vivem juntos em um mundo paralelo, tentando viver o sonho que lápis, papéis e computadores retratam.
Gosto disso. Gosto dos otakus. Gosto de Stela, Yasmin, Alice, de minhas amigas. Grandes amigas. Me distanciei de umas, me aproximei de outras, coisas mudam... Mas essas amizades continuam. E o que é melhor: sem a Ashley Tisdale.