Coração é uma
coisa complicada. Afinal: por que damos tanta importância ao amor, se ele é só
um detalhe dentre outros desta vasta vida? Por que mexe tanto com a gente? E
por que sempre queremos ser correspondidos?
Tem horas que não sei o que sentir,
daí não sei o que fazer; agir com a razão ou com o coração? Por mais racionais
que sejamos, acho que o segundo ainda tem um peso considerável no nosso estado
de espírito, contribuindo tanto positiva quanto negativamente – no meu caso,
agora, contribuindo do segundo modo.
Ele diz que sou especial. Que sou
linda, querida e inteligente. E, por que não? Porque o coração não deixa, não
sente, não quer... Só por isso.
Por isso, estou abrindo mão desse
amor que sinto devido a alguns fatores que acabaram desgastando-o e, pior do
que isso, desgastando-me. Mas ainda sinto, e muito.
Não é fácil desistir do que se sente
ainda sentindo. Mas à força ou com o passar do tempo, tudo pode se ajeitar
devido a coisas em que a razão domina. A razão passa por cima do coração, às
vezes – como no caso do Graham Bell, que usou a cabeça e inventou o telefone. E
mal posso esperar que, um dia, o meu volte a tocar; que ele ligue a qualquer
hora para conversar, pois ainda não é muito tarde para ligar. E nesse dia, ele
estará diferente e eu também – assim como os nossos “alôs”. Quem será que é?